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Eduardo Portella: Informações, fotos e vídeos


Eduardo Mattos Portella OMC (Salvador, 8 de outubro de 1932 – Rio de Janeiro, 2 de maio de 2017) foi um crítico, professor, escritor, conferencista, pesquisador, pensador, advogado e político brasileiro. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras.

Biografia

Desde 1953 fez opção pela docência universitária: inicialmente em Madri, na Faculdade de Letras da Universidade Central de Madri; seguida em Recife, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Federal de Pernambuco; prosseguindo no Rio de Janeiro, na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde permaneceu conquistando todas as titulações, por concursos públicos de provas e títulos, até receber o título de Professor emérito. Foi pesquisador nível 1 do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Integrou o gabinete civil do Presidente Juscelino Kubitschek de 1956 a 1961.

Fundador e diretor das Edições Tempo Brasileiro, introduziu Heidegger no Brasil, além de divulgar o Formalismo Russo de Yuri Tynianov. A Tempo Brasileiro é hoje a principal editora das obras de Jürgen Habermas.

Eduardo Portella defendeu tese de doutorado em 1970, propondo um método crítico de base hermenêutica, teórica e filosófica, com fortes inclinações liberais e antipositivistas. Foi publicada sob o título Fundamento da Investigação Literária (1973, refundida em 1974). Este fundamento é a visualização do entretexto, fronteira entre linguagem e uso da língua, responsável pela literariedade. À frente dos parâmetros usuais, sua tese acerca do Romantismo para professor titular jamais foi publicada.

Foi Ministro de Estado da Educação, Cultura e Desportos no governo João Figueiredo, de 15 de março de 1979 a 26 de novembro de 1980, lutando pela anistia: “O que me deixou contente foi ter sido convidado a ser ministro da Abertura. Nem sempre os meus prazos coincidiram com os dos militares, sobretudo da comunidade de informações. Mas eu, como ministro, recusei a censura, anistiei todos.” Pediu demissão do governo porque apoiou a greve dos professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Deixou registrada nos anais da história a frase “Não sou ministro; estou ministro”, demonstrando a transitoriedade dos cargos públicos. Teve (entre outros) o apoio da então deputada Maria da Conceição Tavares, em discurso aos parlamentares, e do intelectual Alceu Amoroso Lima, registrado em artigo no Jornal do Brasil, intitulado: “Caiu para cima”.

Em 1981, Eduardo Portella passou a ser o sexto ocupante da cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Antônio Peregrino Maciel Monteiro.

Foi Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro entre 1987 e 1988. Coordenou a pasta de Educação, Cultura e Comunicação da Comissão de Estudos para a Constituição de 1988, ligada à presidência da República. Foi Diretor Geral Adjunto da UNESCO de 1988 a 1993.

Entre 1996 e 2003, foi presidente da Biblioteca Nacional. Foi eleito, para o período de 1997-1999, pelo colegiado superior, Presidente da Conferência Geral da UNESCO. Coordenou, desde 1998, o Comitê Caminhos do Pensamento de Hoje (UNESCO-Paris).

Foi eleito em 2000, e reeleito em 2003, Presidente do Fundo Internacional para Promoção da Cultura (FIPC, da UNESCO). Em 2002, assumiu a presidência do comitê executivo do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (Cerlalc). Fez parte, desde 2006, junto com Umberto Eco e Claude Lévi-Strauss do Conselho Mundial sobre a Diversidade Cultural, da UNESCO.

Em seu pensamento, Eduardo Portella: a) concebia a realidade numa recusa da tripartição linear do tempo (presente, passado, futuro), propondo a compreensão simultânea do tempo; b) definia literatura e arte como dimensões constitutivas do homem; e c) assinalava a Liberdade como destino do Ser.

Foi homenageado postumamente durante a 18ª Bienal do Livro do Rio, em setembro de 2017, pelos ministros José Mendonça Filho e Sérgio Sá Leitão. Recebeu a maior honraria da cultura brasileira, a Ordem do Mérito Cultural, na Classe Grã Cruz, em dezembro de 2017.

Títulos honoríficos

A lista abaixo é uma pequena seleção das condecorações de Eduardo Portella:

Fonte e artigo completo: Wikipedia (CC-BY)







 

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